O Aparelho Oral: Uma Opção Moderna e Eficaz de Tratamento

Por Dr. Marco Aurélio Ubiali – Neurologista | CRM 32385

O ronco e a síndrome da apneia obstrutiva do sono têm sido temas de grande relevância médica no Brasil e no mundo. Além de causar transtornos sociais e psicológicos, como o desconforto de dormir em quartos separados, esses distúrbios podem gerar consequências sérias para a saúde, incluindo hipertensão, arritmias cardíacas e AVC.

A apneia do sono ocorre quando há uma obstrução temporária das vias aéreas durante o sono, causada pela flacidez dos tecidos da garganta, o que impede a passagem do ar por alguns segundos, repetidas vezes ao longo da noite.O ronco é o som produzido pela vibração desses tecidos quando o ar tenta atravessar uma via parcialmente bloqueada. Esses problemas são mais comuns em homens a partir dos 30 anos e em mulheres após a menopausa.

O Aparelho Oral como Tratamento

Nos últimos anos, o aparelho intraoral tem se destacado como uma alternativa eficaz e confortável para o tratamento do ronco e da apneia leve a moderada.O dispositivo intraoral é confeccionado sob medida para cada paciente, garantindo conforto e eficácia. Ele atua reposicionando suavemente a mandíbula em uma posição mais avançada, o que mantém a via aérea da garganta aberta durante o sono, impedindo que os tecidos da faringe e a língua bloqueiem a passagem do ar.

Com essa abertura, o fluxo de ar torna-se mais livre, o ronco diminui ou desaparece, e a respiração se mantém contínua e estável durante toda a noite. O resultado é um sono mais profundo, tranquilo e restaurador, com redução da sonolência diurna e melhora da disposição.

Trata-se de um método seguro, não invasivo e confortável, indicado para grande parte dos casos de ronco e apneia leve a moderada, com excelente taxa de aceitação pelos pacientes.

A indicação do aparelho intraoral deve ser feita somente após avaliação médica e exame de polissonografia, que confirmam o diagnóstico e o grau da apneia. Além disso, é fundamental o acompanhamento de um dentista especializado em sono, responsável por ajustar e monitorar o dispositivo ao longo do tratamento.Sem esse acompanhamento, há risco de alterações na arcada dentária e na articulação da mandíbula, comprometendo a eficácia e o conforto do uso.

Quem Pode Usar o Aparelho Oral anti-ronco?

Nem todos os pacientes podem utilizar o aparelho. Ele é contraindicado em casos como:

a) Dificuldade de retenção – pacientes com poucos dentes, próteses removíveis ou dentaduras completas

b) Casos graves de apneia – geralmente com mais de 40 pausas respiratórias por hora ou obesidade acentuada

c) Problemas na articulação da mandíbula (ATM) – como dor, estalos ou desvios.

Por isso, é fundamental realizar uma avaliação odontológica e médica antes da indicação.

Como o Aparelho Funciona

O aparelho atua avançando e estabilizando a mandíbula, o que:

• Estica os tecidos da garganta, ampliando o espaço para passagem do ar;

• Aumenta o tônus muscular da faringe, reduzindo a vibração responsável pelo ronco;

• Evita o recuo da língua e da mandíbula durante o sono, prevenindo a obstrução das vias aéreas.

O aparelho não cura permanentemente o ronco ou a apneia, mas controla os sintomas de forma eficaz enquanto está em uso, semelhante aos óculos que corrigem a visão apenas quando utilizados.

Como o tratamento requer avaliação especializada para garantir o ajuste correto e a segurança do paciente, por isso oferecemos gratuitamente uma avaliação inicial sobre o uso do aparelho intraoral antirronco.

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Por Que Tratar a Apneia é Essencial

Apesar do ronco ser o sintoma mais perceptível, a apneia do sono é o mais perigoso. Ela aumenta em até 30% o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, hipertensão e AVC.As pausas respiratórias reduzem o oxigênio no sangue, forçando o cérebro a interromper o sono repetidas vezes. Isso causa cansaço diurno, perda de concentração, irritabilidade e desequilíbrio metabólico.

O Que é a Polissonografia?

A polissonografia é o exame essencial para o diagnóstico da apneia do sono. Realizado em uma clínica especializada, ele monitora atividade cerebral, ritmo cardíaco, movimentos musculares e respiração durante o sono. Com base nesses dados, o médico determina se o distúrbio é leve, moderado ou grave, e avalia o tratamento mais indicado.

Conclusão

O ronco e a apneia do sono devem ser tratados com atenção. Além de prejudicar o descanso, esses distúrbios trazem riscos sérios à saúde física e emocional. O aparelho oral intraoral antirronco é uma solução prática, confortável e eficaz em muitos casos, desde que acompanhado por profissionais especializados.

Dr. Marco Aurélio UbialiNeurologista – CRM 32385

Laboratório do Sono Dr. Ubiali – Franca/SP