Polissonografia: Quando ela é realmente indicada?

Polissonografia realizada em uma Clínica do Sono

Como médico neurologista atuando em clínicas do sono há mais de trinta anos, tenho observado um aumento significativo de pacientes com queixas relacionadas à qualidade do sono. Muitos relatam cansaço constante, dificuldade de concentração, irritabilidade e até sintomas depressivos, efeitos nocivos que atacam diretamente a qualidade de vida da pessoa e leva a diversos efeitos na saúde. Em muitos casos, esses sinais são reflexo de distúrbios do sono que podem ser silenciosos, como a apneia obstrutiva do sono, ou mais perceptíveis, como o ronco intenso que atrapalha o parceiro e afeta a própria respiração durante a noite.

É nesse contexto que a polissonografia se torna uma ferramenta indispensável. Trata-se de um exame que monitora o corpo durante o sono, registrando dados como atividade cerebral (EEG), movimentos musculares (EMG), respiração, oximetria, e fases do sono (REM e NREM), entre outros parâmetros. No Laboratório do Sono, conseguimos analisar esses dados com precisão e identificar alterações que muitas vezes o paciente nem percebe.

Muitas pessoas me perguntam: “Doutor, quando é necessário fazer esse exame?” A resposta não é única e depende muito da avaliação médica de cada caso, mas há sinais de alerta. A polissonografia é indicada para pacientes com suspeita de apneia do sono, insônia crônica, hipersonia, parassonias, ou comportamentos anormais durante a noite, como falar, se debater ou levantar da cama. Também é essencial no diagnóstico da síndrome das pernas inquietas ou dos movimentos periódicos dos membros, condições que fragmentam o sono e impedem o descanso profundo.

Na prática clínica, vejo muitos pacientes que passaram anos tentando resolver essas queixas com medicamentos ou estratégias isoladas, sem sucesso. Somente após a realização da polissonografia no Laboratório do Sono, com acompanhamento especializado, conseguimos definir a causa e indicar o melhor tratamento — que pode incluir desde ajustes na higiene do sono, apoio proifissional psicológico, uso de CPAP, dispositivos intraorais ou, em alguns casos, oxigenoterapia.

É fundamental lembrar que dormir bem não é luxo, é necessidade. Se você tem acordado cansado, com dor de cabeça matinal ou se alguém comenta que você para de respirar durante o sono, não ignore esses sinais.

Agende uma avaliação médica no nosso Laboratório do Sono de Franca, (16) 3720-2018, contamos com equipe capacitada e tecnologia de ponta para ajudar você a descobrir o que realmente está acontecendo enquanto dorme — ou tenta dormir.

Seu corpo dá sinais. A polissonografia pode ser a chave para escutá-los.